NFT é um tema recorrente nos dias de hoje. Explicamos ao detalhe, em que consistem os NFT's e como "funcionam"
• Written by Diogo Fernandes & Paulo Marques
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Tem sido o tema do momento. "Non Fungible Token", abreviando, NFT. Apesar de haver muito Buzz acerca deste tema, muita gente ainda não percebeu ao certo, daquilo que se trata e o seu real valor. Assim sendo, decidimos aprofundar um pouco este tema. Non Fungible Token, ou NFT para facilitar, trata-se de cripto arte, e atualmente, está a mudar o mercado de arte digital. Um NFT é um certificado de propriedade digital inviolável que garante a posse de algo digital ou físico, único e sua autenticidade. Um pouco complexo, mas acho que deu para passar a definição.

O mesmo é obtido através de tecnologia blockchain, onde funciona como um selo de autenticidade, fazendo assim de uma peça de arte, algo único. Ao contrário do Bitcoin (também um dos temas do momento), os tokens não são fungíveis, ou seja, não podem ser trocados por um valor comparável. Assim sendo, quando investe num NFT, recebe um hash digital - identificador digital alfanumérico gerado através de uma função; onde o mesmo indica que comprou/investiu em algo único no mundo.

 

Decerto, este tema interessou-vos quando ouviram falar dos valores exorbitantes que foram vendidos um Tweet do CEO do Twitter ou simplesmente o Giffy que ficou famoso há 10 anos atrás. Pois bem, adquirir um token, funciona mais ou menos como realizar uma escritura de uma casa. Ao ter consigo a posse de um NFT, realiza um registo de propriedade e isso diz a uma pessoa que você tem algo único e mais ninguém o pode ter. É algo exclusivo.

E agora vocês pensam? E falsificações?

Pois é, os NFTs são construídos na mesma base que as criptomoedas, ou seja, usam Blockchain para registar a transferência com uma assinatura digital exclusiva, ou seja, seria muito difícil conseguir falsificar - apesar de não ser impossível. Ainda é um mercado recente, apesar de estar a crescer, certamente irá oscilar, tal como todos os mercados. No entanto, já se realizaram alguns negócios interessantes.

O primeiro grande impacto aconteceu com o CEO do Twitter, Jack Dorsey. O mesmo, vendeu o seu primeiro Tweet pelo humilde valor de 2,9 milhões de dólares."Just setting up my twttr" é o tweet em questão. O mesmo, converteu os lucros em Bitcoin, e doará o mesmo a uma associação sem fins lucrativos designado de GiveDirectly em África. O comprador foi Sina Estavi, CEO da empresa Bridge Oracle, situada na Malásia.

just setting up my twttr

— jack (@jack) March 21, 2006

A venda mais alta de um NFT ocorreu quando o artista Beeple vendeu uma peça digital, em formato JPEG, por 58 milhões de euros. A venda mais alta de sempre por uma peça não física.

 

De seguida, tal como aconteceu com o Club House, Elon Musk decidiu entrar no esquema e alavancar o mercado. No entanto, este recusou a módica quantia de 1 milhão de dólares por um tweet seu.

Através de uma publicação no Twitter, Elon postou um vídeo, onde anunciou a venda desse mesmo como um NFT. O vídeo consistia numa música com a letra "NFT", onde era possível ver um troféu "Vanity trophy" com as siglas "NFT" na parte superior, e na parte inferior as siglas "HODL", termo utilizado por investidores. Por incrível que pareça, o dono dessa oferta é exatamente o mesmo que comprou ao CEO do Twitter.

 

Para o fim, deixamos os clássicos. Em primeiro, um GIF que toda a gente conhece. Atualmente com 10 anos de existência, O famoso Nyan Cat Gif foi vendido por 600 mil dólares. Em segundo, a famosa imagem da menina a sorrir enquanto a casa está a arder, "Disaster Girl" de 2005. A obra foi vendida por 473 mil dólares.

 

Dado todo este impacto, as marcas têm estado atentas a esta evolução e querem acompanhar a onde. Caso disso é a Gucci, a mesma revelou umas sapatilhas digitais, onde as pode experimentar através de realidade aumentada, mostrando assim que querem fazer parte do mundo dos NFTs.

Apenas no ano de 2020, este mercado cresceu quase 300% segundo um estudo realizado pela NonFungible.com uma empresa de análise de mercado e apoiado pela L'Atelier BNP Paribas, não tendo assim indicações de abrandar.

Será um mercado onde as marcas terão de prestar mais atenção?